Trocas gasosas nos Protistas (protozoários e algas) e Fungos (leveduras, bolores e cogumelos)
Trocas gasosas nas Plantas
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#WikiCiências - A turgescência das células guarda é afetada por diversos fatores
A pressão de turgência das células guarda depende de vários fatores, como por exemplo:
- o Ph do meio (Ph ácido fecha o estoma);
- humidade do ar (pouca humidade fecha o estoma);
- concentrações de iões (meio hipertónico abre o estoma);
- o dióxido de carbono (concentrações elevadas de CO2 leva ao fecho do estoma);
- a intensidade luminosa (estoma abre com luz e fecha sem luz) etc.
Trocas gasosas nos Animais
As trocas gasosas ocorrem ao nível das superfícies respiratórias por difusão simples. Existem vários tipos de hematose consoante a superfície em que ocorrem as trocas:
- hematose cutânea: ocorre entre o sangue e a superfície do corpo do animal, dada a elevada vascularização do epitélio e a manutenção da humidade superficial. Este tipo de hematose é comum nos anelídeos e anfíbios.
- hematose traqueal: nos insetos e outros artrópodes terrestres, as trocas gasosas ocorrem ao nível de um sistema de canais – as traqueias.
- hematose branquial: ocorre entre o sangue e as brânquias, típico dos animais aquáticos
- hematose pulmonar: ocorre entre o sangue e os pulmões, típico dos vertebrados que possuem estes órgãos especializados – os pulmões
As estruturas especializadas que asseguram as trocas dos gases respiratórios, isto é, através das quais os gases respiratórios entram e saem do organismos denominam-se superfícies respiratórias. Apesar da grande diversidade, as superfícies respiratórias apresentam um conjunto de características comuns que permitem uma difusão eficiente dos gases:
- são superfícies húmidas, favorecendo a difusão dos gases
- são superfícies finas, constituída, em regra, por uma única camada de células epiteliais
- são superfícies vascularizadas, permitindo a difusão indireta
- possuem uma morfologia que permite um grande área de contacto entre os meios interno e externo
Na minhoca (Filo anelídeos) ocorre difusão indireta (o sistema circulatório intervém na distribuição dos gases) na superfície corporal (tegumento - hematose cutânea)
Nos insetos (Filo artrópodes) ocorre difusão direta (o sistema circulatório não intervém na distribuição dos gases) por traqueias (hematose traqueal)
#EscolaVirtual - Estruturas respiratórias da barata (inseto)
Peixes - Difusão indireta com hematose branquial (em contra corrente)
As aves são animais com uma atividade metabólica muito elevada, necessitando de elevadas quantidades de oxigénio. Os pulmões das aves apresentam uma grande superfície respiratória e uma eficiente ventilação pulmonar.
Os pulmões contactam com os sacos aéreos, que se enchem de ar e possibilitam o fluxo gasoso contínuo num só sentido – sacos aéreos posteriores, pulmões, sacos aéreos anteriores. A eficácia deste sistema é explicada pelo excelente sistema de ventilação pulmonar que integra dois movimentos inspiratórios e dois expiratórios:
- 1a inspiração o ar atravessa os brônquios até aos sacos aéreos posteriores
- 1a expiração o ar passa dos sacos posteriores para os pulmões onde ocorre a hematose
- 2a inspiração o ar passa dos pulmões para os sacos anteriores e entra novo ar nos sacos posteriores
- 2a expiração o ar é expelido dos sacos anteriores em direção à traqueia para o exterior e o ar dos sacos posteriores passa para os pulmões, saindo deles ar que passará para os sacos anteriores
As inspirações e as expirações alternadas permitem uma hematose sempre com ar renovado, ao nível de finos canais intrapulmonares, os parabrônquios. O ar passa nesses canais em sentido oposto ao da circulação sanguínea pulmonar – mecanismo de contracorrente – que tal como nos peixes aumenta a eficiência da hematose.
Nos mamíferos os pulmões estão localizados na caixa torácica. Aos pulmões junta-se um eficiente sistema respiratório constituídos por vias respiratórias – fossas nasais, faringe, laringe, traqueia e brônquios, que permitem não só um movimento bidireccional do ar, entre o interior e o exterior dos pulmões como o progressivo aquecimento do ar e a retenção de partículas em suspensão contidas no ar diminuindo possíveis contaminações dos organismos por substâncias estranhas. Os pulmões são constituídos por milhões de alvéolos, revestidos por um epitélios simples, cobertos de muco e altamente vascularizados por capilares sanguíneos com uma membrana muito fina, o endotélio.
A ventilação pulmonar é feita por movimentos de contracção e relaxamento dos músculos da cavidade torácica, (intercostais e diafragma). Durante a inspiração os músculos contraem, aumentando o volume do tórax. O aumento de volume torácico provoca uma diminuição da pressão alveolar em relação à pressão do ar no exterior, provocando a entrada de ar nos pulmões. A expiração, pelo contrário, é um processo passivo em que os músculos relaxam, o tórax diminui de volume, aumentando a pressão alveolar e a consequente saída do ar para o exterior.
A hematose alveolar depende da diferença de pressão parcial do oxigénio e do dióxido de carbono entre os alvéolos e os capilares sanguíneos. A pressão parcial de oxigénio nos alvéolos pulmonares é maior do que nos capilares sanguíneos e o gás difunde-se dos alvéolos para os vasos. No caso do dióxido de carbono, a pressão parcial é superior nos capilares, dando-se a difusão no sentido contrário, dos vasos para os alvéolos.
O mesmo acontece ao nível celular, em que a pressão parcial do oxigénio é menor nas células do que nos capilares, e a pressão parcial de dióxido de carbono é superior nas células, fazendo com que o oxigénio se difunda dos capilares para as células e o dióxido de carbono das células para os capilares.
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